segunda-feira, novembro 06, 2006

O quE é paRa unS deVia seR paRa toDos!!

É bastante longo este post, mas vale a pena ler!!!!


Esta carta foi direccionada ao BES, porém devido à criatividade comque foi redigida, deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.O que acham???


CARTA ABERTA AO BRADESCO

Exmos Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena
taxa mensal pela esistência da padaria de v/. rua, ou pela existência do posto
de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços
indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os
meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a
manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.)
Uma taxa que não garantia nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria
apenas para enrequecer os proprietários sob a alegação de que serviria para
manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por
qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.)
o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até
ligeiramente acima do preço do mercado.

Que tal???

Pois, ontem
saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por
uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um
raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria
para comprar pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o
serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro
serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com
muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma
comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu
banco.
Financiei um carro, Ou seja, comprei um produto do negócio bancário.
Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cabra-me o preço
do mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores
não se satisfazem cobramdo-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter
acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura
de créditoe" - equivalente àquela hipotéca "taxa de acesso ao pão", que os
senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não
satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a
abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores
cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".
Como só é possível fazer
negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura" se
assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois só é possível fazer
negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.

Antigamente, os
empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir
o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era
devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes
sem escrúpulos.

Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por
dentro".

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto por mês -
os senhores cobraram-me uma taxa de 1€.

Olhando o extracto, descobri
outra taxa de 5€ "para manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela
existência da padaria na esquina da rua" .

A surpresa não acabou:
descobri outra taxa de 25€ a cada trimestre - uma taxa para manter o limite
especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite vou pagar os
juros mais altos do mundo. Semelhantes àquela "taxa por guardar o pão quente".
Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me
atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por
todo e qualquer movimento que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta
genteleza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter squecido de cobrar o
ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.

Por favor,
esclareçam-me ums dúvida: Até agora não sei se comprei um financiamento ou se
vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os
senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um
serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é
muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio
são muito mais elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarmos muito e nada
poderem fazer, tudo o que estão a cobrar esta devidamente coberto por lei,
regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o
v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que
não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais
que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel
alhum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma..."

5 comentários:

Curiosa disse...

A história do ser humano é recheada de exemplos como esse, desde o tributo, a bula para se poder comer carne durante o ano caso contrário era-se escomungado...é uma tradição e partindo do principio que o BES tambem tem tradição...

tortulia negra disse...

Querido autor e adorados colegas blogistas.
É impressão minha ....
ouuuuu....
este Sr ou Sra está ....
Descontextualizado?
heheheheheh
Pois é! Para tudo temos que pagar uma taxa.
Senão vejamos!
Queres estacionar o carro! Paga uma taxa.
Queres gasolina? Paga uma taxa.
Queres cerveja? Paga a taxa.
Mas afinal onde eu pretendo chegar!
É simples!
Quem escrevou isso é da concorrencia! Só pode!
E digo mais.
Eu sei quem escreveu isto!
Foi o homem da padaria. Ah Ah Ah

Curiosa disse...

Não tinha pensado nisso!!
Só podia ser o padeiro!!!!

apontinho disse...

Exactamente.. a culpa é do Padeiro!!
Não matem o mensageiro....
Guerreira e Tortulia... sempre em sintonia!!!
Tortulia querida!!! Provavelmente o meu blog é o verdadeiro descontextualizado... será!!?? :-((

Unknown disse...

A mim não me interessa quem escreveu, mas que é verdade que todos nos roubam isso é verdade... a carta deveria ser mandada aos bancos, as Câmaras, aos Estado, etc, etc à que começar a respeitar quem os sustenta, ou não?